terça-feira, 24 de maio de 2011

Parabéns, Bob!


Foto de Ken Regan

Homenagem do Blog da Foto.

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terça-feira, 10 de maio de 2011

Como Ansel Adams fez a sua foto mais famosa


Marc Silber, no Silber Studios.tv

Alguns anos atrás, tive o prazer e a honra de gravar diversas entrevistas com o filho de Ansel Adams, Michael, uma das quais na casa de Ansel.

Como você pode ver na foto acima, Michael (à direita) está me contando a história de como o seu pai registrou a icônica imagem "Moonrise Hernandez, New Mexico".

O que segue abaixo é um pedaço da entrevista que você não pode deixar de assistir completa (no final da postagem). Também não deixe de dar uma boa olhada nos seus livros.


Marc: Agora que estamos diante do grande destaque da sala, conte como foi feita esta foto.

Michael: Sim, este é o maior destaque da sala, provavelmente a foto mais famosa de Ansel Adams. E eu tive muita sorte de estar lá quando ela foi feita.

Eu tinha sete anos de idade (nota do BF: no site oficial de Ansel Adams, Marc diz que tinha oito anos) e nós estávamos voltando do norte para Santa Fé quando Ansel viu essa cena. Ele parou o carro rapidamente fora da estrada, saiu, nos chamou - Cedric Wright estava no banco da frente -, montamos o tripé e ele colocou a câmera nele. Em seguida, procurou o fotômetro, mas não encontrou.

(Nota do BF: no site de Ansel Adams, Marc dá mais detalhes desses momentos cruciais, reproduzindo o desespero do pai - "Rápido, rápido, rápido!! Pegue a caixa da câmera! Está ali embaixo! Onde está o tripé? Os estojos de filmes! Rápido! Onde está o fotômetro? Onde está o fotômetro? Oh, não, a luz está sumindo...! As coisas voavam para fora do carro, enquanto preparávamos o que Ansel precisava.)

Então, apostando que o brilho da lua estava em 250 candelas (unidade de medida de luminância), ele intuiu a exposição correta para a cena. Fez a primeira foto, trocou a chapa e quando estava pronto para fazer a segunda, toda a luz do primeiro plano (que iluminava o vilarejo) já havia desaparecido.

Marc: Incrível!

Michael: É, não foi nada bom. A coisa interessante sobre isso eu vou lhe mostrar daqui a pouco. Se você olhar a imagem original e comparar com esta aqui, vai notar uma grande diferença, e isso era parte da mágica de Ansel, o que ele conseguia fazer no laboratório.

Posso mostrar isso a você em poucos minutos no computador, mas não tenho os dados de como (ou quando) isso foi feito. Só sei que o céu nas últimas imagens aparece mais escuro do que em algumas das primeiras impressões.

Marc: Ele mudava quando fazia novas impressões?

Michael: Sim. De diversos modos, muitos dos contrastes ficaram melhores, o céu ficou mais escuro, outras partes da imagem também ficaram mais escuras nas últimas impressões comparadas com as primeiras.

Marc: Uma coisa que ele sempre falava é que o negativo era a partitura e a impressão era a performance da orquestra.

Michael: Sim, ele costumava usar esse sentido musical (nota do BF: Ansel Adams também era pianista) para explicar a transição do negativo para a imagem impressa (nota final do BF: sobre isso, Ansel Adams dizia que o negativo é a partitura da imagem que será interpretada no laboratório - atualizando para os dias de hoje, o arquivo RAW é a partitura da imagem que será interpretada no Photoshop).

Agora, assista o vídeo da minha visita à casa e ao laboratório de Ansel Adams, enquanto o filho Michael conta a história da foto mais famosa de seu pai.


Para saber mais sobre Ansel Adams, entre aqui e aqui.

Matéria traduzida e editada pelo Blog da Foto.

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