segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Luciano Huck empurra fotógrafa no show do Police
Elio Gaspari, na Folha Online
Quem contou foi a repórter Mônica Bergamo. O apresentador Luciano Huck foi à boca-livre do show da banda The Police, incomodou-se com o trabalho da fotógrafa Audrey Furlaneto, resolveu tirá-la da cena e, afastando a câmera, empurrou-a. Sem que essa fosse sua intenção, derrubou-a. Como ela lhe disse em seguida, "muito gentil". (Em versões posteriores, falsas, ele teria "agredido" a fotógrafa.)
Huck estava num evento público, convidado pelos patrocinadores do show. Sabia que dividiria o tempo com fotógrafos. Por conta da curiosidade que atrai, vestia a camiseta destinada a divulgar as marcas de quem providenciou o paganini do espetáculo. Deliberadamente, enfeitava um lance de propaganda do evento e dele próprio.
Se uma pessoa resolve ser uma "celebridade" (seja o que for que isso signifique), fotógrafos e jornalistas passam a ser uma sarna em suas vidas. Jacqueline Kennedy recorreu à Justiça para impedir que o paparazzo Ron Galella chegasse perto dela, mas quem urdiu o cenário em que a madame aparecia pelada (de costas e de frente) numa praia grega foi seu marido, Aristoteles Onassis. Será que alguém é capaz de supor que Britney Spears e Juliana Paes se esqueceram de vestir a calcinha no dia em que foram fotografadas em circunstância tão vulgar?
Os fotógrafos podem ser um estorvo, mas raramente são o problema. Sete paparazzi foram detidos pela polícia francesa porque perseguiam o Mercedes da princesa Diana na noite parisiense. Sugeriu-se que teriam provocado o acidente que a matou, mas era seu motorista quem dirigia com excesso de álcool no sangue e de velocidade no motor.
O gosto pela exposição pública levou pessoas a vestir camisetas monstruosas para irem ao show do Police, mesmo não gostando da banda. Outra ânsia, a de ser uma supercelebridade, provoca surtos de impaciência. Fazem um tipo, pois quem não quer aparecer, não aparece. Quando um fotógrafo invade o espaço privado dos outros, a história é outra. Marlon Brando quebrou o queixo de Galella numa calçada de Chinatown. (Acertou a conta com um cheque de US$ 40 mil.)
Felizmente, Huck não tentou empurrar o bandido que lhe roubou o Rolex numa esquina de São Paulo, em outubro. Empurrar fotógrafa numa boca-livre em que se está protegido por seguranças particulares é covardia. Audrey Furlaneto, que o exasperou, poderia dizer como ele: "Juro que pago todos os meus impostos, uma fortuna".
Para surpresa dos curiosos, os políticos são geralmente mais delicados do que as celebridades. Huck é uma pessoa gentil, mas poderia tomar umas aulas de bons modos com Marta Suplicy. (Fotógrafos que a acompanharam testemunham sua paciência.) Se não quiser trocar de ambiente, pode procurar Claudia Raia e Edson Celulari, personagens doces e serenos. Caso queira superar o gênero arroz-de-festa, há o padrão Claudia Abreu. Ela estava no show do Police, mas separa sua vida pessoal das promoções, dos empreendimentos e das campanhas comerciais de que participa. Tudo é uma questão de estilo.
Quem contou foi a repórter Mônica Bergamo. O apresentador Luciano Huck foi à boca-livre do show da banda The Police, incomodou-se com o trabalho da fotógrafa Audrey Furlaneto, resolveu tirá-la da cena e, afastando a câmera, empurrou-a. Sem que essa fosse sua intenção, derrubou-a. Como ela lhe disse em seguida, "muito gentil". (Em versões posteriores, falsas, ele teria "agredido" a fotógrafa.)
Huck estava num evento público, convidado pelos patrocinadores do show. Sabia que dividiria o tempo com fotógrafos. Por conta da curiosidade que atrai, vestia a camiseta destinada a divulgar as marcas de quem providenciou o paganini do espetáculo. Deliberadamente, enfeitava um lance de propaganda do evento e dele próprio.
Se uma pessoa resolve ser uma "celebridade" (seja o que for que isso signifique), fotógrafos e jornalistas passam a ser uma sarna em suas vidas. Jacqueline Kennedy recorreu à Justiça para impedir que o paparazzo Ron Galella chegasse perto dela, mas quem urdiu o cenário em que a madame aparecia pelada (de costas e de frente) numa praia grega foi seu marido, Aristoteles Onassis. Será que alguém é capaz de supor que Britney Spears e Juliana Paes se esqueceram de vestir a calcinha no dia em que foram fotografadas em circunstância tão vulgar?
Os fotógrafos podem ser um estorvo, mas raramente são o problema. Sete paparazzi foram detidos pela polícia francesa porque perseguiam o Mercedes da princesa Diana na noite parisiense. Sugeriu-se que teriam provocado o acidente que a matou, mas era seu motorista quem dirigia com excesso de álcool no sangue e de velocidade no motor.
O gosto pela exposição pública levou pessoas a vestir camisetas monstruosas para irem ao show do Police, mesmo não gostando da banda. Outra ânsia, a de ser uma supercelebridade, provoca surtos de impaciência. Fazem um tipo, pois quem não quer aparecer, não aparece. Quando um fotógrafo invade o espaço privado dos outros, a história é outra. Marlon Brando quebrou o queixo de Galella numa calçada de Chinatown. (Acertou a conta com um cheque de US$ 40 mil.)
Felizmente, Huck não tentou empurrar o bandido que lhe roubou o Rolex numa esquina de São Paulo, em outubro. Empurrar fotógrafa numa boca-livre em que se está protegido por seguranças particulares é covardia. Audrey Furlaneto, que o exasperou, poderia dizer como ele: "Juro que pago todos os meus impostos, uma fortuna".
Para surpresa dos curiosos, os políticos são geralmente mais delicados do que as celebridades. Huck é uma pessoa gentil, mas poderia tomar umas aulas de bons modos com Marta Suplicy. (Fotógrafos que a acompanharam testemunham sua paciência.) Se não quiser trocar de ambiente, pode procurar Claudia Raia e Edson Celulari, personagens doces e serenos. Caso queira superar o gênero arroz-de-festa, há o padrão Claudia Abreu. Ela estava no show do Police, mas separa sua vida pessoal das promoções, dos empreendimentos e das campanhas comerciais de que participa. Tudo é uma questão de estilo.
New York Photo Festival
Oitava edição - De 14 a 18 de maio de 2008. Para maiores informações, clique aqui.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Fotos que fizeram história
Matéria enviada por Renata Mello
Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh, no Paquistão, durante a guerra contra a invasão soviética.
Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista.
No entanto, ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou, realizou uma busca à jovem que durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos, e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.
"Rebelde Desconhecido" foi a alcunha atribuída a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado frente a uma linha de tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen, em 1989, na República Popular Chinesa.
A foto foi tirada por Jeff Widener e, na mesma noite, foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs se a duas linhas de tanques que tentavam avançar.
No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para impedir o avanço de um esquadrão militar.
Esta foto foi feita por Victor Jorgensen na Times Square, Nova York, em 14 de agosto de 1945. Um marinheiro americano beija apaixonadamente uma enfermeira, e o inusitado da situação é que eles não se conheciam.
A fotografia, um grande ícone, é considerada uma analogia do sentimento de poder voltar para casa depois de muito tempo ausente, como também a alegria experimentada ao término de uma guerra.
Esta bela foto, que data de 1950, é considerada a mais vendida de todos os tempos. Isso devido à intrigante história com que foi descrita durante muitos anos: dizia-se que a foto foi tirada fortuitamente por Robert Doisneau, que encontrava-se em um café.
O fotógrafo acionava regularmente sua câmara entre as pessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se enquanto caminhavam no meio da multidão.
Essa foi a história que se conheceu durante muitos anos. Até 1992, quando dois impostores se fizeram passar pelo casal protagonista da foto.
Indignado pela falsa declaração, Doisneau revelou a verdade declarando que havia pedido a dois transeuntes que posassem para ele em troca de uma cópia da foto como agradecimento.
Alguns anos depois, Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os direitos de imagem das cópias da foto e recebeu 200 mil dólares.
"O coronel assassinou o preso; mas e eu... assassinei o coronel com minha câmara?" Palavras de Eddie Adams, autor desta foto, que mostra o assassinato de um guerrilheiro vietcong pelo chefe de polícia de Saigon, em fevereiro de 1968.
Adams, correspondente em 13 guerras, obteve um prêmio Pulitzer pela foto, mas ficou tão emocionalmente tocado por ela que se converteu em fotógrafo paisagístico.
Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem.
Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele.
Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças.
Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.
A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como "Guerrilheiro Heróico", onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda em cinco de março de 1960 quando Guevara tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão. Somente foi publicada sete anos depois.
O Instituto de Arte de Maryland (EUA) denominou-a "a mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século 20". É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história. Expressa um símbolo universal de rebeldia, em todas suas interpretações e segue sendo um ícone para a juventude não filiada às tendências políticas principais.