domingo, 20 de abril de 2008

Caminhando e fotografando


Ilha do Mel (Paraná)


Trekking Porto Seguro-Prado (Bahia)


Trilha Inca (Peru)


Trilha Inca (Peru)


Trilha Inca (Peru)


Região de Grindelwald (Suíça)


Termas de Chillán (Chile)


Gstaad (Suíça)


Pico das Agulhas Negras (Itatiaia/RJ)


Vale de Bonsucesso (Rio de Janeiro)

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sábado, 19 de abril de 2008

Da série 'Câmeras Históricas'



A história das máquinas russas acompanha a própria história da Revolução. É nos anos pós-revolucionários que surgem os primeiros exemplares, integrados na eterna estratégia soviética de rivalizar com o Ocidente e demonstrar que a tecnologia socialista era superior à tecnologia capitalista.

Uma das primeiras câmaras fotográficas russas foi, não obstante, uma cópia descarada da alemã Leica, baptizada FED. A sigla utilizava as iniciais do nome de Felix Edmundovich Dzerjinski, fundador da polícia secreta Tcheka, mais tarde o KGB. Muito patriótico.

Em 1934 saiu a FED 1, réplica exacta da Leica 1a, produzida apenas num número limitado de exemplares. A tecnologia socialista estava a partir de então na posse dos conhecimentos necessários para fabricar equipamento fotográfico de qualidade. Mesmo a parte mais delicada, o polimento das lentes, já se conseguia com grande precisão. O resto era construção robusta.

Publicado no Obvious.

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sexta-feira, 18 de abril de 2008

Espaço da Fotografia abre inscrições para cursos


Para maiores informações, clique aqui.

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terça-feira, 15 de abril de 2008

'Fotografo para influenciar mentes'


Foto vencedora do prêmio Pulitzer 2007


O fotógrafo Adrees Latif

Do Portal G1

O repórter fotográfico Adrees Latif sacou sua câmera e disparou. No chão estava o cinegrafista japonês Kenji Nagai, que com uma pequena câmera registrava a repressão de tropas birmanesas aos protestos em Yangun, Mianmar, país asiático que está entre os mais fechados do mundo.

Nagai morreria mais tarde. Mas a cena, que durou cerca de “dois segundos”, segundo seu autor, ganhou a primeira página de mais de 60 jornais pelo mundo em setembro de 2007.

“Para muitas pessoas, ver esta foto publicada mundo afora pode ter tido alguma influência e este é o meu maior prêmio. É por isso que eu quis ser repórter fotográfico. Para tentar influenciar mentes por meio de fotografias”, disse ao G1 o repórter da agência Reuters, vencedor do Pulitzer, prêmio mais cobiçado do jornalismo dos Estados Unidos, na categoria “Fotografia de Última Hora”.

Aos 34 anos, Latif, que nasceu no Paquistão e viveu na Arábia Saudita antes de migrar aos 7 anos com a família para o estado norte-americano do Texas, acredita que a experiência de vida o fez “um jornalista melhor”.

Acostumado a registrar conflitos por toda Ásia a partir de Bancoc, na Tailândia, onde vive atualmente, ele disse que jamais esquecerá o tiro fatal no colega em Mianmar. “Sempre penso nele e na sua família”.

Confira a seguir trechos da entrevista ao G1:

G1 - Onde você estava quando recebeu a notícia de que era vencedor do Pulitzer? Você já tinha esta expectativa ou foi uma completa surpresa?
Adrees Latif - Eu estava em Pokhara, Nepal, cobrindo as atuais eleições. Era por volta de 1h30 ou 2h da manhã no horário local. Eu estava dormindo. Minha amiga e colega de profissão Paula Bronstein, da (agência) Getty Images, me ligou para contar a novidade. Confiei no que ela disse, mas mal podia acreditar. Liguei para minha mulher depois para confirmar e dividir a alegria. Esperava no máximo estar entre os finalistas.

G1 - Consegue lembrar exatamente o momento em que fez a foto? Você percebeu que tinha uma imagem histórica em sua câmera ou nem sequer teve tempo para pensar nisso?
Adrees Latif - Eu lembro todo o momento em câmera lenta. Tudo durou uns dois segundos (eu posso dizer por um programa de fotos que permite ver o instante em que a foto foi feita), mas na minha cabeça tudo se passa bem devagar. Eu não vi a foto até o momento em que saí da ponte de onde tinha fotografado a cena. Depois que a vi, eu percebi sim que tinha uma importante imagem e me senti responsável em divulgá-la logo.

G1 - Numa entrevista recente, seu pai disse que ele o encorajou a inscrever a foto para a seleção do Pulitzer. Você não tinha pensado nisso? Considera seu pai em parte responsável pelo prêmio?
Adrees Latif - Meu pai me disse que eu ia ganhar um grande prêmio depois de ter visto a foto publicada na primeira página do “New York Times” no dia 28 de setembro de 2007. Eu o considero grande responsável pelo prêmio porque nós somos imigrantes do Paquistão nos Estados Unidos. Ele trabalhou muito a vida inteira para manter uma família de cinco filhos, para mudar do Paquistão para a Arábia Saudita, e depois para os Estados Unidos, para nos dar uma boa educação. Ele deixou sua antiga vida para trás para que nós pudéssemos ter um futuro melhor. Este prêmio também honra seus esforços. Eu o divido com ele, minha mãe, minha mulher e toda nossa família.

G1 - Você conhecia o fotógrafo japonês Kenji Nagai? Você hesitou entre fotografar a cena ou procurar ajuda naquela situação?
Adrees Latif - Eu não conhecia Kenji Nagai pessoalmente. Eu encontrei a irmão dele e sua família recentemente no Japão. Fotografar ou ajudar? Eu na verdade não sabia que ele havia sido atingido. Primeiro, pensei que ele tinha desmaiado. Quando eu deixei a área e vi minhas fotos, percebi que ele tinha sido baleado. Voltei para ver se seu corpo estava lá, mas não pude vê-lo naquele momento. Tentei chegar perto, mas havia muitos soldados e policiais em toda parte. Tive que sair do local para minha própria segurança.

G1 - Você acredita que sua foto chamou a atenção para a situação em Miamar? Uma fotografia pode fazer a diferença?
Adrees Latif - A foto foi publicada no dia seguinte no mundo inteiro. Foi capa de mais de 65 jornais na América do Norte, América do Sul, Europa, Oriente Médio, Ásia e Austrália. Para muitas pessoas, ver esta foto publicada mundo afora pode ter tido alguma influência e este é o meu maior prêmio. É por isso que eu quis ser repórter fotográfico. Para tentar influenciar mentes por meio de fotografias.

G1 - Você nasceu no Paquistão, mas vive desde os 7 anos nos Estados Unidos. Considera que esta experiência tenha influenciado sua visão como repórter fotográfico?
Adrees Latif - Eu sou um imigrante. Nasci no Paquistão, vivi na Arábia Saudita, mudei para os Estados Unidos aos 7 anos. Acho que esta experiência me fez um jornalista melhor. Quando eu cubro conflitos e vejo sofrimento, eu compreendo melhor, eu sinto mais. Se você consegue se relacionar melhor com os problemas de outros povos, é claro que isso o faz reportar melhor estes assuntos.

G1 - Você está baseado em Bancoc (Tailândia) e está sempre cobrindo assuntos em que há riscos reais, como a turbulenta eleição no Nepal. O tiro fatal em Miamar foi a cena mais impressionante que já presenciou?
Adrees Latif - Há muitos destes momentos que guardo comigo. Mas fotografar um colega jornalista sendo atingido em serviço - e o que eu senti naquela hora – jamais vou esquecer. Sempre penso nele e na sua família.

G1 - O que dizer para jovens repórteres fotográficos que querem seguir a carreira? Qual o limite entre conseguir uma boa imagem e a própria segurança?
Adrees Latif - Um verdadeiro jornalista possui um profundo desejo (pelo ofício) e ao mesmo tempo senso de responsabilidade por sua profissão. Se você tem este desejo, siga em frente e nunca desista ou se deixe desencorajar.

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Pelotão, olha a foto!


Na China


Na Índia

Fotos de Vincent Du e Fayaz Kabli, da agéncia Reuters, publicadas no UOL Notícias.

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