Meio século de paixão pela fotografia
Exposição no Supremo Tribunal Federal, em Brasília, reúne 45 fotos de Gervásio Baptista, um dos mais antigos fotógrafos em atividade no mundo
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A Esplanada dos Ministérios, em Brasília
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O presidente Juscelino Kubitschek na inauguração de Brasília
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Última foto do presidente Tancredo Neves
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Oswaldo Aranha e Jango no enterro de Getúlio Vargas
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Gervásio Baptista na Guerra do Vietnam...
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e hoje em Brasília fotografando...
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as sessões do Supremo Tribunal Federal
Do Portal G1
Ele viu de perto a guerra do Vietnam. Flagrou imagens de John Kennedy, Richard Nixon, Juan Domingo Perón, Charles de Gaulle, Che Guevara, Fidel Castro e tantos outros líderes políticos. Cobriu sete Copas do Mundo. Nos tempos áureos dos concursos de beleza, clicou as concorrentes aos títulos de Miss Brasil e Miss Universo.
De Getúlio Vargas até hoje, todos os presidentes do Brasil foram alvo de suas lentes. Gervásio Baptista tornou-se fotógrafo oficial e amigo de três deles: Tancredo Neves, de quem registrou os últimos momentos no Hospital de Base, em Brasília, João Goulart e José Sarney.
Ele também foi um dos primeiros a ver Getúlio morto. Diz que foi impedido de fazer essa foto. Mas as imagens do sepultamento, em São Borja (RS), acabaram rendendo uma voz de prisão. E uma edição especial da revista Manchete, onde, como diz, "puxou serviço" durante quatro décadas.
Fã de Henri Cartier-Bresson, um dos fundadores da lendária agência Magnum, passou a estudar fotografia aos nove anos. Ainda adolescente, começou a trabalhar "de calças curtas" em um jornal dos Diários Associados em Salvador. Depois de um episódio inusitado, o próprio Assis Chateaubriand o convidou para trabalhar na revista O Cruzeiro, no Rio.
"O Dr. Assis me pediu para entregar umas fotos dele e eu disse que não, porque poderia danificá-las. Me chamou de menino danado. Um ano depois, um portador me entregou uma passagem para o Rio", relata.
Brasília
Contribuiu para a fama do baiano a foto de um Juscelino Kubitschek sorridente e de cartola na mão, à frente do Congresso Nacional, na fundação de Brasília, em 21 de abril de 1960. Aos 84 anos e meio século de fotojornalismo nas costas, Gervásio Baptista quer mais. "A minha foto preferida ainda não fiz", diz, modesto.
Há nove anos prestando serviços para o Supremo Tribunal Federal (STF), é conhecido até pelos ministros por suas contagiantes gargalhadas. De presente, ganhou uma exposição na mais alta corte do país com 45 fotos que ilustram sua carreira. A mostra, gratuita e aberta ao público, foi aberta no dia último dia 12 pela presidente do STF, ministra Ellen Gracie. E tem flagrantes de 50 anos de história.
"Não estamos homenageando Gervásio, ele é que está nos homenageando. Eu, particularmente, quero muito bem a ele. Tenho uma enorme admiração por Gervásio, esse artista da câmera", disse o relator da ação que discute o futuro das pesquisas com células-tronco embrionárias, ministro Carlos Ayres Britto.
"Moço com seus 84 anos, armado sempre de máquina e de seu sorriso, trabalhando agora entre os ministros e os grandes advogados. Gervásio é um ícone e exemplo na história da imprensa brasileira", cita texto de autoria do atual senador José Sarney (PMDB-AP) em homenagem à exposição.
Apesar da idade, Gervásio – ou Gegê, como é carinhosamente chamado nos corredores da Suprema Corte – nem pensa em parar.
"Pretendo ainda fazer muita coisa - inclusive educar os netos. Continuo firme como o Pão de Açúcar. Espero, daqui a cinco décadas, repetir essa exposição."
De Getúlio Vargas até hoje, todos os presidentes do Brasil foram alvo de suas lentes. Gervásio Baptista tornou-se fotógrafo oficial e amigo de três deles: Tancredo Neves, de quem registrou os últimos momentos no Hospital de Base, em Brasília, João Goulart e José Sarney.
Ele também foi um dos primeiros a ver Getúlio morto. Diz que foi impedido de fazer essa foto. Mas as imagens do sepultamento, em São Borja (RS), acabaram rendendo uma voz de prisão. E uma edição especial da revista Manchete, onde, como diz, "puxou serviço" durante quatro décadas.
Fã de Henri Cartier-Bresson, um dos fundadores da lendária agência Magnum, passou a estudar fotografia aos nove anos. Ainda adolescente, começou a trabalhar "de calças curtas" em um jornal dos Diários Associados em Salvador. Depois de um episódio inusitado, o próprio Assis Chateaubriand o convidou para trabalhar na revista O Cruzeiro, no Rio.
"O Dr. Assis me pediu para entregar umas fotos dele e eu disse que não, porque poderia danificá-las. Me chamou de menino danado. Um ano depois, um portador me entregou uma passagem para o Rio", relata.
Brasília
Contribuiu para a fama do baiano a foto de um Juscelino Kubitschek sorridente e de cartola na mão, à frente do Congresso Nacional, na fundação de Brasília, em 21 de abril de 1960. Aos 84 anos e meio século de fotojornalismo nas costas, Gervásio Baptista quer mais. "A minha foto preferida ainda não fiz", diz, modesto.
Há nove anos prestando serviços para o Supremo Tribunal Federal (STF), é conhecido até pelos ministros por suas contagiantes gargalhadas. De presente, ganhou uma exposição na mais alta corte do país com 45 fotos que ilustram sua carreira. A mostra, gratuita e aberta ao público, foi aberta no dia último dia 12 pela presidente do STF, ministra Ellen Gracie. E tem flagrantes de 50 anos de história.
"Não estamos homenageando Gervásio, ele é que está nos homenageando. Eu, particularmente, quero muito bem a ele. Tenho uma enorme admiração por Gervásio, esse artista da câmera", disse o relator da ação que discute o futuro das pesquisas com células-tronco embrionárias, ministro Carlos Ayres Britto.
"Moço com seus 84 anos, armado sempre de máquina e de seu sorriso, trabalhando agora entre os ministros e os grandes advogados. Gervásio é um ícone e exemplo na história da imprensa brasileira", cita texto de autoria do atual senador José Sarney (PMDB-AP) em homenagem à exposição.
Apesar da idade, Gervásio – ou Gegê, como é carinhosamente chamado nos corredores da Suprema Corte – nem pensa em parar.
"Pretendo ainda fazer muita coisa - inclusive educar os netos. Continuo firme como o Pão de Açúcar. Espero, daqui a cinco décadas, repetir essa exposição."
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