quinta-feira, 26 de junho de 2008

Encontro com Dona Ruth na Suíça

No verão europeu de 1995, eu e um grupo de jornalistas do Rio e de São Paulo fazíamos uma viagem de trem pela Suíça, a convite da rede Leading Hotels of the World. Nossa última parada foi em Zurique, onde passamos a noite de despedida no Swisshotel, que fica bem próximo do aeroporto.

E foi na happy hour do piano bar desse hotel que encontramos a então primeira-dama Ruth Cardoso acompanhada da escritora Nélida Pinon e de outras intelectuais brasileiras, todas a caminho da China para participar de um congresso internacional de mulheres, cujo tema não me lembro mais.

No nosso grupo estava a excelente fotógrafa do Globo, Márcia Folleto, que, muito respeitosamente, pediu à Dona Ruth permissão para fotografá-la. A primeira-dama recusou, dizendo que não via nenhum motivo para ser fotografada naquele local. Márcia Folleto, então, numa atitude que deixou todos nós de cabelos em pé, disse, mais ou menos, as seguintes palavras:

- Me desculpe, Dona Ruth, mas como profissional eu não posso deixar de fazer esta foto.

E disparou o flash na cara da primeira-dama, que não piscou e, muito menos, sorriu.

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