quinta-feira, 11 de junho de 2009

Fotos feitas com pincel












É difícil acreditar, mas as imagens acima não foram feitas por um fotógrafo e, sim, por um pintor. Max Ferguson é o nome do artista (e bota artista nisso!) que usa as tintas e os pincéis como se apertasse o botão disparador de uma câmera fotográfica. Todos os detalhes de uma cena (luzes, brilhos, reflexos, sombras, etc) são minuciosamente reproduzidos por Ferguson, com a óbvia intenção de confundir os olhares, mesmo os mais atentos, que não imaginam - à primeira vista - estarem diante de uma pintura.

Max Ferguson pertence a um seleto grupo de pintores hiper-realistas (ou fotorealistas) americanos, do qual fazem parte outros craques como Richard Estes e Richard Whitney. Embora tenha ficado restrito aos Estados Unidos durante quase duas décadas (do final dos anos 1960 até meados dos anos 1980), o movimento hiper-realista acabou se espalhando também pela Europa, onde se destaca hoje o trabalho do espanhol Antonio López.

Esta singular forma artística - que tem como origem os pintores realistas do século XIX, como Édouard Manet e Gustave Courbet - se caracteriza pela obsessão de reproduzir a realidade da maneira mais verossímil possível. Para isso, é essencial o uso da fotografia como referência durante a realização do trabalho, o que significa que além de excepcionais pintores, os hiper-realistas também precisam ser excelentes fotógrafos.

O motivo é óbvio: se o quadro é a reprodução fiel da foto, esta tem que ser perfeita. Ou quase, já que pequenas imperfeições podem muito bem ser corrigidas pelos pincéis, assim como fazem hoje os fotógrafos com o Photoshop.

Abaixo, mais alguns exemplos do que um pintor é capaz quando se propõe - com a sua arte - imitar a vida nos seus mínimos detalhes.



Matinee (Richard Whitney)


End of an Era (Richard Whitney)


The Thomas Carter Family (Richard Whitney)


Dr. Nelson Kiang (Richard Whitney)


Ann Brine (Richard Whitney)


34th Street, Manhattan, Looking East (Richard Estes)


Market at Broadway and 75th, 2000 (Richard Estes)


Times Square, 2003 (Richard Estes)


Telephone Booths, 1967 (Richard Estes)


Lunch Specials, 2001 (Richard Estes)

Fonte: Esta matéria, embora não seja uma reprodução, foi inspirada em um artigo publicado no Obvious sobre Max Ferguson, que pode ser lido aqui.

Share

5 Comments:

At 7:52 AM, Anonymous Anônimo said...

Oi!
O mês passado tive a oportunidade de ver a exposicao: Picturing America: Photorealism in the 1970s e achei simplesmente fantástica.
Inacreditável o que esses artistas sao capazes. Nota 1000.
Berlin

 
At 2:49 PM, Blogger Otacílio Rodrigues said...

Hi, Berlin!
Parece que estamos em sintonia. Primeiro foi com a Annie Leibovitz, que eu postei a matéria e você viu a exposição; agora, com os fotorealistas... Muito legal!
Caso seja possível fotografar alguma coisa desses lugares que você frequenta (fachada de museu com o cartaz da mostra, salões da exposição, etc), manda pra mim (orofoto@uol.com.br) que eu publico aqui.
Até!

 
At 2:57 PM, Anonymous Anônimo said...

Ok!
Na próxima tentarei uma foto legal pra ti.
bye

 
At 8:04 AM, Blogger DanieLa said...

Estou a adorar o seu blogue :)
Pode passar no meu se quiser http://daniela-figueiredo-photos.blogspot.com/ (ainda estou a iniciar :P)

 
At 9:03 PM, Blogger Otacílio Rodrigues said...

Oi, Daniela! Obrigado pela visita e pelo comentário. Volte sempre :)

 

Postar um comentário

<< Home