Uma pergunta para Otto Stupakoff
UOL: O que o motiva a se manter fiel à fotografia?
Stupakoff: Eu acho que começou com a mesma motivação que acontece com bons pintores, bons escultores: há uma chama que desde pequeno te move, te comove, te dá alento, é a melhor maneira que você conhece para se comunicar, na qual você consegue transmitir coisas muito pessoais para difundir entre muitas pessoas, que entendem das formas mais diferentes. Essa sensibilidade é inata, você não inventa isso.
Desde pequeno existe essa atração, alguma coisa dentro de você que te faz levantar todas as manhãs pensando no que é que você tem que fazer para atender aquela exigência psíquica. Aqui nós saímos do consciente e vamos para o inconsciente. Tem toda uma composição arquétipa que nós trazemos conosco desde a infância, que vem de outras gerações, e entram em funcionamento quando encontramos aquilo que diz respeito ao nosso espírito. É uma escolha. O fotógrafo se forma e já carrega dentro de si essa mesma força, que vem de muito longe, de muitas gerações.
Sempre fui encantado pela beleza. Para mim, ela é essencial para viver. É algo que o povo japonês, por exemplo, tem inato: desde pequeno eles cortam papel, dobram papel, tem uma consciência da beleza. Esse amor, essa necessidade de tocar a beleza sempre esteve comigo desde pequeno e o feio me atrapalha toda a vida - é difícil me acostumar a São Paulo, que é caótica visualmente, desorganizada. Então eu preciso recorrer ao mundo interno da beleza, ao meu mundo particular. A beleza pra mim faz parte do programa diário.
Publicado no UOL Diversão e Arte.
Stupakoff: Eu acho que começou com a mesma motivação que acontece com bons pintores, bons escultores: há uma chama que desde pequeno te move, te comove, te dá alento, é a melhor maneira que você conhece para se comunicar, na qual você consegue transmitir coisas muito pessoais para difundir entre muitas pessoas, que entendem das formas mais diferentes. Essa sensibilidade é inata, você não inventa isso.
Desde pequeno existe essa atração, alguma coisa dentro de você que te faz levantar todas as manhãs pensando no que é que você tem que fazer para atender aquela exigência psíquica. Aqui nós saímos do consciente e vamos para o inconsciente. Tem toda uma composição arquétipa que nós trazemos conosco desde a infância, que vem de outras gerações, e entram em funcionamento quando encontramos aquilo que diz respeito ao nosso espírito. É uma escolha. O fotógrafo se forma e já carrega dentro de si essa mesma força, que vem de muito longe, de muitas gerações.
Sempre fui encantado pela beleza. Para mim, ela é essencial para viver. É algo que o povo japonês, por exemplo, tem inato: desde pequeno eles cortam papel, dobram papel, tem uma consciência da beleza. Esse amor, essa necessidade de tocar a beleza sempre esteve comigo desde pequeno e o feio me atrapalha toda a vida - é difícil me acostumar a São Paulo, que é caótica visualmente, desorganizada. Então eu preciso recorrer ao mundo interno da beleza, ao meu mundo particular. A beleza pra mim faz parte do programa diário.
Publicado no UOL Diversão e Arte.
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